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Se... Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria acesso ao sentimento de amar a vida dos seres humanos. A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora... Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem. A capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para você, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável: Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação. E, quando tudo mais faltasse, um segredo: O de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída." Mahatma Gandhi

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A DESCOBERTA DO AMOR




Ensaia um sorriso
e oferece-o a quem não teve nenhum.
Agarra um raio de sol
e desprende-o onde houver noite.
Descobre uma nascente
e nela limpa quem vive na lama.
Toma uma lágrima
e pousa-a em quem nunca chorou.
Ganha coragem
e dá-a a quem não sabe lutar.
Inventa a vida
e conta-a a quem nada compreende.
Enche-te de esperança
e vive á sua luz.
Enriquece-te de bondade
e oferece-a a quem não sabe dar.
Vive com amor
e fá-lo conhecer ao Mundo.
Mahatma Gandhi

Mahatma Gandhi

Se eu pudesse deixar algum presente a você,
deixaria acesso ao sentimento de amar a vida dos seres humanos.
A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora...
Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.
A capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria para você, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável:
Além do pão, o trabalho.
Além do trabalho, a ação.
E, quando tudo mais faltasse, um segredo:
O de buscar no interior de si mesmo
a resposta e a força para encontrar a saída."
Mahatma Gandhi

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

CHICO XAVIER E A ÁGUA DA PAZ

Uma passagem interessante sobre a vida de Chico é aquela em que ele fala sobre o remédio ensinado por sua mãe, em uma das visões recebidas. Sua vida estava tumultuada, trabalhava excessivamente, escrevia mais ainda, ajudava as pessoas e, mesmo assim, era maltratado pela zombaria de muitos. Não acreditar na sua doutrina era um direito, mas escarnecer de seu trabalho era uma maldade orquestrada, com a finalidade de transformá-lo em motivo de chacota e descrédito.

Foi num dia de extrema tristeza para o médium, que sua mãe, Maria João de Deus, apareceu e deu ao filho o seguinte conselho:

- Meu filho, para curar essas inquietações, você deve usar a água da paz.

Depois de procurar em várias farmácias, inclusive na capital, Chico nada encontrou. Contou para a mãe o seu insucesso em encontrar o remédio e, numa aparição, ela lhe disse que poderia encontrá-lo dentro de casa. Bastava que enchesse a boca com um pouco de água e a conservasse ali, quando alguém lhe fizesse alguma provocação. Deveria conservá-la na boca, banhando a língua, enquanto persistisse a vontade de responder ao provocador. E, assim, passou Chico a fazer uso do remédio receitado pela mãe, em vários momentos de sua vida. É bom que não confundamos a aplicação da água da paz com omissão, pois a história do médium mostra-nos que, apesar de sua docilidade, ele sempre foi franco nas suas verdades.

Muitas vezes, nos relacionamentos humanos, as pessoas se engalfinham em discussões áridas, sem sentido algum, que apenas servem para deixá-las aborrecidas. Ultrapassam os limites do bom senso, a ponto de perderem o auto-respeito, caindo na armadilha dos provocadores, sempre na espreita para fazer o mal.

A água da paz representa a regulação cuidadosa de nossa maneira de ser na convivência com os outros, sem aceitar as imposições de outras vontades às nossas e, tampouco, subordinar os outros à nossa maneira de pensar e agir. Pois tanto um adulto presunçoso, quanto um adulto reprimido acabarão trazendo muitos danos a si e aos que o rodeiam.

A água da paz não significa a remoção de obstáculos pessoais, encontrados em nosso caminho, e responsáveis por nosso crescimento, mas a maneira equilibrada com que devemos enfrentá-los. É a submissão de nossas emoções de rédeas soltas ao equilíbrio e à razão, que devem nortear a nossa vida, de modo a abrandar o sofrimento, comum a todos os seres viventes.

Os maiores problemas, enfrentados por um indivíduo, residem na avaliação que faz de si mesmo. Na maioria dos casos, o ego excessivamente inflado é o responsável por atitudes impensadas e arrependimentos tardios. É a superestima que tem por si, que lhe acarreta a maioria dos aborrecimentos. Por que fez isso comigo? Eu não mereço isso! Não sabem quem sou eu! De modo que acaba partindo para uma revanche desnecessária e tormentosa.

A água da paz é a tolerância, a virtude liberal por excelência. Eu respeito os outros, porque também quero ser respeitado. Mesmo aquelas pessoas que não merecem o meu apreço, eu as deixo em paz e as ignoro, sem a necessidade de lhes desejar ou fazer mal.

É preciso compreender que nem todas as pessoas estão na mesma escala de evolução. E nada se ganha com discussões inúteis e infrutíferas. Melhor seria aproveitar o tempo com algo que beneficie a si e o mundo.

Assim como a água da paz, a tolerância não significa omissão, pois tudo possui os seus limites que, uma vez ultrapassados, precisam ser penalizados. E quais são os limites, perguntará o leitor? Os limites são transpostos, quando há danos ou prejuízos à vida de outrem. Quando fazemos a terceiros aquilo que não queremos que seja feito a nós. De resto, mantenha a boca cheia de água e deixe que o outro mostre o que lhe vai pelo coração: amor ou ódio.

domingo, 23 de janeiro de 2011

IRMÃ DULCE

Irmã Dulce nasceu em Salvador, no dia 26 de maio de 1914. Seu nome de batismo é Maria Rita Lopes Pontes, filha de Augusto Lopes Pontes e Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes. Quando criança rezava muito e pedia sinais a Santo Antônio se deveria seguir a vida religiosa.

Em 1927, Ela se manifesta, pela primeira vez, a vontade de entrar para o convento. Desde os treze anos ajudando mendigos, enfermos e desvalidos. Até que aos 18 anos seu pai aceitou a idéia de sua filha tornar-se freira.

Em 1932, recebe o diploma de professora, pela Escola Normal da Bahia. Um ano mais tarde ingressa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição das Mães de Deus, do Convento de São Cristóvão, em Sergipe.

Em 15 de agosto de 1934, faz os votos de profissão de fé religiosa. Em homenagem a sua mãe recebe o nome de Irmã Dulce. Após tornar-se freira, é enviada novamente a Salvador, para trabalhar como enfermeira voluntária no Sanatório Espanhol por 3 meses.

Irmã Dulce abrigava as pessoas doentes em casas arrombadas, ela também transformou o galinheiro de um convento num albergue para pobres.

A Associação Obras Sociais Irmã Dulce foi fundada em 26 de maio de 1959, e instalada em 15 de agosto de 1959, data em que a Irmã Dulce recebeu o estatuto de fundação, de caráter filantrópico, e elaborado pelo seu pai.

Em 1980, Irmã Dulce tem o seu primeiro encontro com o Papa João Paulo II. Fundou o Círculo Operário da Bahia, que além de escola de ofícios, proporcionava atividades culturais e recreativas. Quase não comia e não dormia. Os sacrifícios resultavam felicidade. Queria morrer junto aos pobres.

Faleceu em 13 de março de 1992, aos 77 anos, no Convento Santo Antônio, depois de passar 16 meses internada. Desde então a sua obra passou a ser dirigida pela sua sobrinha, Maria Rita Lopes Pontes.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Tudo passará – Chico Xavier

Todas as coisas, na Terra, passam…

Os dias de dificuldades, passarão…

Passarão também os dias de amargura e solidão…

As dores e as lágrimas passarão.

As frustrações que nos fazem chorar, um dia passarão.

A saudade do ser querido que está longe, passará.

Dias de tristeza… Dias de felicidade…

São lições necessárias que, na Terra, passam, deixando no espírito imortal as experiências acumuladas.

Se hoje, para nós, é um desses dias repletos de amargura, paremos um instante.

Elevemos o pensamento ao alto, e busquemos a voz suave da Mãe amorosa a nos dizer carinhosamente:

”Isso também passará… “

E guardemos a certeza, pelas próprias dificuldades já superadas, que não há mal que dure para sempre.

O planeta Terra, semelhante a enorme embarcação, às vezes parece que vai soçobrar diante das turbulências de gigantescas ondas.

Mas isso também passará, porque Jesus está no leme dessa Nau, e segue com o olhar sereno de quem guarda a certeza de que a agitação faz parte do roteiroevolutivo da humanidade, e que um dia também passará…

Assim, façamos a nossa parte o melhor que pudermos, sem esmorecimento, e confiemos em Deus, aproveitando cada segundo, cada minuto que, por certo….também passarão.

Emmanuel

domingo, 16 de janeiro de 2011

Cada Um Tem de Mim Extamente O que Cativou, e Cada Um É Responsável pelo que Cativou, Não Suporto Falsidade e Mentira, a VERDADE Pode Machucar, mas É SEMPRE Mais DIGNA. Bom Mesmo É Ir a Luta com DETERMINSÇÃO, Abraçar a VIDA e VIVER Com PAIXÃO. Perder com Classe e Vencer com OUSADIA, pois o Triunfo Pertence a Quem SE ATREVE e a VIDA É MUITO para Ser Insignificante. Eu Faço e Abuso da FELICIDADE e Não Desisto dos Meus Sonhos. O Mundo Está nas MÃOS DAQUELES que TEM CORAGEM de Sonhar CORRER o RISCO de VIVER SEUS SONHOS."
Coragem..Coragem..Coragem é não Buscar Desculpas para ser Feliz !!!!!!!!!
Charles Chaplin

domingo, 9 de janeiro de 2011

A Magia Infantil


Linda era chinesa e morava no Havaí. Contrariando o pai, que a desejava ver casada com alguém dos clãs chineses, ela foi para a Califórnia. Entrou para a universidade, apaixonou-se por um americano branco, de olhos azuis e com ele se casou.

Uma cerimônia simples, bem ao contrário das festas pomposas, no estilo dos casamentos tradicionais, como esperava seu pai.

Depois do casamento, um silêncio pesado se fez entre pai e filha. Ele não a visitava, ela também não. Quando a mãe telefonava, o pai nunca pedia para falar com a filha.

Por todas estas atitudes do pai, Linda entendia que ele estava desaprovando tudo o que ela fizera. Ela traíra todos os princípios. Contudo, Linda se lembrava da infância feliz, no Havaí. Lembrava-se de, aos 3 anos, ser a sombra do pai.

Correr atrás dele entre as bananeiras. E, quando ela cansava, o pai a colocava nos ombros. Dali de cima ela podia ver o mundo. E o pai cantava uma canção que falava:
- Você é minha luz do sol. Você me faz feliz quando o céu está cinzento.

Então, Linda teve um bebê. Quando o bebê completou cinco meses, ela decidiu que era a hora de mostrá-lo aos avós. Por isso, ela, o marido e o filho foram ao Havaí.

Linda estava angustiada. Será que o pai a receberia? Ela estava levando um menino no colo, que pouco tinha a ver com os antepassados chineses. Como mãe, ela dizia para si mesma que se seu pai rejeitasse o neto, ela nunca mais voltaria.

Ao chegarem, as saudações foram educadas. O velho chinês olhou a criança sem nenhuma reação. Depois do jantar, o bebê foi acomodado em um berço em um quarto. Linda e o marido se recolheram para um descanso.

De repente, ela acordou em sobressalto. Havia passado a hora do bebê mamar. Levantou-se. Nenhum som de choro. Pelo contrário, ela ouviu uma risada delicada de bebê.

Atravessou o corredor, chegou à sala. Seu filho de apenas cinco meses estava deitado em uma almofada, com as mãos e os pés em agitação alegre. Sorria para o rosto inclinado sobre ele. Um rosto asiático, bronzeado pelo sol.

O avô dava a mamadeira para o netinho, enquanto lhe acariciava a barriguinha e cantava baixinho:
"Você é minha luz do sol."

A criança conseguira, em breve tempo, conquistar o coração do avô e pôr fim a um afastamento tolo entre pai e filha. Hoje, o avô chinês caminha feliz, seguido por uma sombra saltitante de olhos cor de mel e cabelos encaracolados de quatro anos de idade.

Os filhos não são propriedade dos pais. Portanto, têm direito a suas escolhas. Os pais devem recordar sempre que os filhos são espíritos, que renascem através deles. Suas vidas, seus anseios são deles.

Aos pais cabe a orientação, a diretriz segura, mas a caminhada é de exclusividade dos filhos. Romper o vínculo de afeto por quaisquer questões tem sempre como conseqüência dor para ambas as partes.

O melhor, portanto, é dialogar, ponderar e se chegar a um acordo, bom para ambas as partes. Um acordo em que o filho siga o caminho para a conquista da sua felicidade e os pais se apresentem como o apoio, o abrigo seguro, a terra firme do bom senso.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A Alegria na Tristeza

O título desse texto na verdade não é meu, e sim de um poema do uruguaio Mario Benedetti. No original, chama-se "Alegría de la tristeza" e está no livro "La vida ese paréntesis" que, até onde sei, permanece inédito no Brasil.

O poema diz que a gente pode entristecer-se por vários motivos ou por nenhum motivo aparente, a tristeza pode ser por nós mesmos ou pelas dores do mundo, pode advir de uma palavra ou de um gesto, mas que ela sempre aparece e devemos nos aprontar para recebê-la, porque existe uma alegria inesperada na tristeza, que vem do fato de ainda conseguirmos senti-la.

Pode parecer confuso mas é um alento. Olhe para o lado: estamos vivendo numa era em que pessoas matam em briga de trânsito, matam por um boné, matam para se divertir. Além disso, as pessoas estão sem dinheiro. Quem tem emprego, segura. Quem não tem, procura. Os que possuem um amor desconfiam até da própria sombra, já que há muita oferta de sexo no mercado. E a gente corre pra caramba, é escravo do relógio, não consegue mais ficar deitado numa rede, lendo um livro, ouvindo música. Há tanta coisa pra fazer que resta pouco tempo pra sentir.

Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja uma euforia, um gozo, um entusiasmo, mesmo que seja uma melancolia. Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado pra fora.

Sentir alimenta, sentir ensina, sentir aquieta. Fazer é muito barulhento.

Sentir é um retiro, fazer é uma festa. O sentir não pode ser escutado, apenas auscultado. Sentir e fazer, ambos são necessários, mas só o fazer rende grana, contatos, diplomas, convites, aquisições. Até parece que sentir não serve para subir na vida.

Uma pessoa triste é evitada. Não cabe no mundo da propaganda dos cremes dentais, dos pagodes, dos carnavais. Tristeza parece praga, lepra, doença contagiosa, um estacionamento proibido. Ok, tristeza não faz realmente bem pra saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões. E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada. Triste é não sentir nada.
Martha Medeiros