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Se... Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria acesso ao sentimento de amar a vida dos seres humanos. A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora... Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem. A capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para você, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável: Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação. E, quando tudo mais faltasse, um segredo: O de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída." Mahatma Gandhi

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

CHICO XAVIER E A ÁGUA DA PAZ

Uma passagem interessante sobre a vida de Chico é aquela em que ele fala sobre o remédio ensinado por sua mãe, em uma das visões recebidas. Sua vida estava tumultuada, trabalhava excessivamente, escrevia mais ainda, ajudava as pessoas e, mesmo assim, era maltratado pela zombaria de muitos. Não acreditar na sua doutrina era um direito, mas escarnecer de seu trabalho era uma maldade orquestrada, com a finalidade de transformá-lo em motivo de chacota e descrédito.

Foi num dia de extrema tristeza para o médium, que sua mãe, Maria João de Deus, apareceu e deu ao filho o seguinte conselho:

- Meu filho, para curar essas inquietações, você deve usar a água da paz.

Depois de procurar em várias farmácias, inclusive na capital, Chico nada encontrou. Contou para a mãe o seu insucesso em encontrar o remédio e, numa aparição, ela lhe disse que poderia encontrá-lo dentro de casa. Bastava que enchesse a boca com um pouco de água e a conservasse ali, quando alguém lhe fizesse alguma provocação. Deveria conservá-la na boca, banhando a língua, enquanto persistisse a vontade de responder ao provocador. E, assim, passou Chico a fazer uso do remédio receitado pela mãe, em vários momentos de sua vida. É bom que não confundamos a aplicação da água da paz com omissão, pois a história do médium mostra-nos que, apesar de sua docilidade, ele sempre foi franco nas suas verdades.

Muitas vezes, nos relacionamentos humanos, as pessoas se engalfinham em discussões áridas, sem sentido algum, que apenas servem para deixá-las aborrecidas. Ultrapassam os limites do bom senso, a ponto de perderem o auto-respeito, caindo na armadilha dos provocadores, sempre na espreita para fazer o mal.

A água da paz representa a regulação cuidadosa de nossa maneira de ser na convivência com os outros, sem aceitar as imposições de outras vontades às nossas e, tampouco, subordinar os outros à nossa maneira de pensar e agir. Pois tanto um adulto presunçoso, quanto um adulto reprimido acabarão trazendo muitos danos a si e aos que o rodeiam.

A água da paz não significa a remoção de obstáculos pessoais, encontrados em nosso caminho, e responsáveis por nosso crescimento, mas a maneira equilibrada com que devemos enfrentá-los. É a submissão de nossas emoções de rédeas soltas ao equilíbrio e à razão, que devem nortear a nossa vida, de modo a abrandar o sofrimento, comum a todos os seres viventes.

Os maiores problemas, enfrentados por um indivíduo, residem na avaliação que faz de si mesmo. Na maioria dos casos, o ego excessivamente inflado é o responsável por atitudes impensadas e arrependimentos tardios. É a superestima que tem por si, que lhe acarreta a maioria dos aborrecimentos. Por que fez isso comigo? Eu não mereço isso! Não sabem quem sou eu! De modo que acaba partindo para uma revanche desnecessária e tormentosa.

A água da paz é a tolerância, a virtude liberal por excelência. Eu respeito os outros, porque também quero ser respeitado. Mesmo aquelas pessoas que não merecem o meu apreço, eu as deixo em paz e as ignoro, sem a necessidade de lhes desejar ou fazer mal.

É preciso compreender que nem todas as pessoas estão na mesma escala de evolução. E nada se ganha com discussões inúteis e infrutíferas. Melhor seria aproveitar o tempo com algo que beneficie a si e o mundo.

Assim como a água da paz, a tolerância não significa omissão, pois tudo possui os seus limites que, uma vez ultrapassados, precisam ser penalizados. E quais são os limites, perguntará o leitor? Os limites são transpostos, quando há danos ou prejuízos à vida de outrem. Quando fazemos a terceiros aquilo que não queremos que seja feito a nós. De resto, mantenha a boca cheia de água e deixe que o outro mostre o que lhe vai pelo coração: amor ou ódio.

2 comentários:

  1. Chico foi um grande espírito, podemos nos paltar por seus exemplos. Penso q se aprendessemos a aplicar o mandamento q resume todos os demais, como diz Jesus, "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo", o mundo seria bem mais amável. Mas, infelizmente queremos q as pessoas sejam da forma q nós desejamos e daí todos os conflitos. Adorei as fotos no rodapé de seu blog. Te convido a visitar o meu blog. Muita paz!

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  2. È verdade, temos que sair da teoria, e partir pra prática da verdeira caridade.

    Adorei sua visita.
    Um abraço

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