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Se... Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria acesso ao sentimento de amar a vida dos seres humanos. A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora... Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem. A capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para você, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável: Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação. E, quando tudo mais faltasse, um segredo: O de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída." Mahatma Gandhi

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Filhos Adotivos
por Edenir Madeira

A família é uma instituição divina. Sob a supervisão de Espíritos moralmente elevados, formam-se na espiritualidade os agrupamentos familiares.

Allan Kardec elucida: “Não são os da consangüinidade os verdadeiros laços da família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias”.
Pais e filhos biológicos ou adotados não são almas estranhas umas às outras. Sabemos que o acaso não existe, o processo de ligação entre eles inicia na espiritualidade, e, certamente, em encarnações anteriores. Pais e filhos adotivos são companheiros, prováveis membros da mesma família espiritual.

Segundo esclarecimentos da espiritualidade, aqueles que aguardam a oportunidade da adoção, podem ser filhos que, em função do orgulho, em outras vivências, se tornaram tiranos de seus pais, pagando com ingratidão e dor a ternura e zelo paterno.

Como toda a relação onde prevalece o bom senso, a moral e o amor, os filhos adotivos devem saber a verdade sobre a sua situação, esclarecendo que o amor não nasce de um processo químico-físico e sim no coração das criaturas.

Reforçando a importância do diálogo fraterno e sincero, o espírito André Luiz, esclarece-nos: “Filhos adotivos quando crescem ignorando a verdade, costumam trazer enormes complicações, principalmente quando ouvem esclarecimentos de outras pessoas”.

É sabido por todos que pais que desenvolvem o diálogo franco e sincero, com base no respeito mútuo, sob a luz da orientação cristã, fortalecem os laços afetivos, tornando a questão “adoção”, como secundária.

A adoção, além do caráter social, resulta em um amadurecimento dos sentimentos existentes nos membro da família que recebe o filho alheio. É ato de amor extremo, além da confiança de Deus na possibilidade de amar e ensinar, perdoar e auxiliar aos companheiros que retornam para hoje valorizarem o desvelo e a atenção que ontem não souberam fazer.

Os adotados trazem, no coração, muitas vezes, desequilíbrios passionais de outros tempos ou arrependimento doloroso para a solução dos quais pedem, ao reencarnarem, a ajuda daqueles que os acolhem, não como filhos do corpo, mas sim filhos do coração.

“Adotar filhos alheios é, sem dúvida, um gesto de extremo devotamento, mas os Pais que os adotem precisam pensar que não estão adotando anjos...” Chico Xavier

Recebendo em nossos lares um filho adotivo, guardemos no coração a certeza de que Jesus está nos confiando à responsabilidade sagrada de superar o próprio orgulho e vaidade, amando verdadeiramente e desinteressadamente a criatura de Deus confiada em trabalho de educação e amparo.

Amemos nossos filhos, sem cogitar se nos vieram aos braços pela descendência física ou não, como encargo abençoado que Deus nos presenteia.

Por fim, lembremos o espírito Emmanuel: “Recorda que, em última instância seja qual a nossa posição nas equipes familiares da terra, somos, acima de tudo, filhos de Deus”.

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